Combustíveis II
"Combustíveis, a saga da crise energética" chega agora ao episódio 2. Ontem apareceu no telejornal umas imagens muito americanas (frases rápidas, curtas e duvidosas) onde se apresentava um carro com um sistema que, usando água, aumentava em 50% a autonomia do veículo.
Bem, é um princípio. Claro que é um mau princípio porque isso significa que os preços podem aumentar em 50% e ficar tudo na mesma. Mas claro que não fica tudo na mesma porque se passaria a gastar água. Corrijam-me se estiver errado, mas não há uma relação entre a água e a vida neste planeta? Talvez seja só impressão minha.
Aquilo que me preocupou mais foi uma cena em que um tipo diz que o carro tem "um computador que tenta convencer o carro a não rejeitar a tecnologia". O simples facto de um computador estar a tentar convencer um carro de algo faz-me pensar duas vezes. Pronto, assume-se que eles usaram termos corriqueiros para difundir a mensagem de forma a que a maioria das pessoas percebesse. Mas o que me tirou qualquer dúvida de que aquilo era tudo uma treta foi a parte "não rejeitar a tecnologia". Então e se o computador não conseguir convencer o carro? E se o carro for particularmente teimoso? O que acontece? Normalmente espera-se que no pior dos casos aquilo simplesmente não funcione, mas o sistema estava a obter hidrogénio da água. Eu não sou químico, mas ouvi dizer que o hidrogénio costuma ser um combustível instável em concentrações acima de 4%.
Sou a favor de alternativas energéticas, mas se isto for o melhor que conseguem arranjar, o melhor é criar eu a minha própria fonte energética e usá-la para ir para outro planeta que este já está a ir com os porcos.
Sem comentários:
Enviar um comentário