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sábado, julho 11, 2009

«Governo garante segurança absoluta»

A frase acima vem desta notícia do DN sobre os dados eleitorais nas mãos da Critical Software. Trata-se de algo que «o governo garante». Qualquer pessoa, que perceba o mínimo de segurança, sabe que só que não percebe nada de segurança é capaz de garantir "segurança absoluta".
Talvez seja má interpretação do jornal. Afinal de contas o Sr José Magalhães disse apenas que «a Critical Software tem "os poderes controlados pela DGAI [Direcção-Geral da Administração Interna]"», não disse que existia segurança absoluta. Interrogo-me o que quererá ele dizer com «poderes controlados»... será que alguém na DGAI tem um dispositivo que fará explodir a Critical Software em caso de esta fazer algo que não deve? Hum... não me parece...

Ah, ele também diz que «agora a base de dados é mantida por uma única empresa enquanto antes "existiam 4600 bases de dados [freguesia a freguesia] geridas por milhares de empresas privadas, que nunca foram fiscalizadas pela CNPD [...] Acabamos com essa fragmentação"». Bem, uma coisa é certa, reduziram os custos e tempos de operação. No entanto, apesar do aparente aumento da segurança (e não duvido que a nova base de dados esteja mais bem guardada do que os anteriores fragmentos), os dados espalhados possuem a vantagem de serem mais redundantes (para sobreviver a desastres naturais), ao mesmo tempo que se garante que nenhuma entidade não autorizada terá na sua posse a totalidade da informação.

Bom, mas isto até é mais ou menos questionável. É daquele tipo de situação para a qual não há uma resposta perfeita, centralizar tem umas vantagens enquanto que a descentralização tem outras. Aquilo que é gravíssimo (e que devia levar a uma nomeação para a gala de eventos Shol'vah) é o facto de se dar acesso total a uma empresa privada. Por muitos que sejam os requisitos para a criação do sistema, não é necessário terem acesso completo. Aliás, mesmo um acesso parcial deveria ser planeado de forma a tornar anónimos os (poucos) dados disponibilizados.

Se alguém souber o responsável por isto, faça favor de dizer... para ser nomeado para a gala de eventos Shol'vah. Se recebermos muitos donativos para a gala, pode ser que até se faça um busto (talvez de um palhaço) e se envie ao vencedor por correio. Era giro.

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