Teoria da conspiração 2 (obras)
“Com mil raios. Começam cedo hoje!”, com frequência a seguir a esta frase as pessoas confrontadas comportam-se de maneira diferente: algumas põem a almofada sobre a cabeça a tapar os ouvidos, outras levantam-se violentamente da cama, em ambos os casos o interveniente não volta a dormir, e passam o dia a protestar.
Pois é, deve haver um interesse de vingança ou outro sentimento negro naquelas cabeças enquanto seguram o martelo pneumático ou o maço.
Concerteza já devem ter percebido de quem falo, sim, falo dos trolhas que têm na cabeça o desejo reprimido de se porem a cantar de galo (sem cacarejar) logo pela manhã.
Mas Porquê? É que é irritante ouvir o seu barulho de partir pedra ou de bater com a chave-de-fendas no andaime, ambos colados á nossa insuspeita e fechada persiana, enquanto tentamos agarrar, hum… sei lá, a bela Soraia Chaves, nos nossos sonhos, quando de repente este se transforma na forja de Vulcano, com o barulho dos martelos de ferreiro dos Ciclopes a malharem no bronze.
Uma coisa é engraçada (ou então não) e é concerteza a pergunta que se impõe e acompanha durante o resto do nosso dia (ou dias conforme a duração das obras): “Porque é que estes gajos, nos acordam ás 8h à martelada e às 9h já pararam tudo e estão na tasca da esquina a emborcar bjeca atrás de bjeca?”
A sério eu sei que estão a trabalhar e tal, mas é que isto irrita até o mais santo. Não é?
Eu que o diga, que andei a ouvir um martelo pneumático no meu prédio durante meses. Sei bem do que estás a falar. O que vale é que o que custa mais é o primeiro mês. Depois um gajo habitua-se e consegue dormir na mesma. Ou então é o cansaço que se encarrega disso.
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